Pode a poesia me fazer chorar
e me tirar de mim mesma
em paz..
Pode ser flor colhida
e despetalada
pode a poesia me encantar em versos
e me socorrer em devaneios
noites...
noites...
Pode a poesia me colocar silente
e despojar do luar perene
e saltar de abismos internos
infinitos
vezes enluarados...
Pode a poesia me fazer derrota
e construir vitórias
só por estar riscada em rimas
e trovas perpétuas...
e trovas perpétuas...
Quem sabe pode então a poesia me completar
na aurora
ou me corromper na ausencia
Pode me sacudir na decadências
Pode me sacudir na decadências
dos laços perdidos
maltrapilhos...
Pode a poesia ser rascunho
de um lugar qualquer
uma rua
um canto
uma melodia
sem papel ou lápis
escrita na alma
de quem sabe chorar...
Pode a poesia ser rascunho
de um lugar qualquer
uma rua
um canto
uma melodia
sem papel ou lápis
escrita na alma
de quem sabe chorar...
Pode a poesia ser verso
ser rima, sem rima
ser tudo, sem nada..
Pode?
Abrem-se os espaços
Abrem-se os laços
despedaçados...
Abrem-se os espaços
Abrem-se os laços
despedaçados...
Deixo de perguntar por ela
Deixo de me escrever por ela
Deixo para trás estrofes mortas
e renasço mansamente
e indolor...
Nenhum comentário:
Postar um comentário